29 dezembro, 2009
A descoberta dos dedos
22 dezembro, 2009
Aniversário de Mamãe!
Amor maior
Você, reBento amado, mudou tudo.
21 de dezembro de 2009
20 de dezembro de 2009
21 dezembro, 2009
18 de dezembro de 2009
A Câmara estava fechada hoje e fui passar o dia na sua casa. Assim, pude dar uma folguinha à vó Graça, que praticamente mudou-se para Campo Grande desde que você nasceu.
Foi uma luta, mas ela conseguiu entrar de férias em dezembro. O objetivo era ajudar Marcelle a cuidar de você, mas a verdade é que ela faz tudo o dia inteiro. Só falta dar o peito!
Ela te deu teus primeiros banhos, trocou as primeiras fraldas sujas, acorda de madrugada quando você esperneia de fome, te nina para dormir e te enche de dengos. Uma avó perfeita!
Em compensação, está uma pilha! Porque, além de não dormir bem, nem descansar, ela parou de fumar no dia em que você nasceu. Ou seja, acaba ficando estressada com todo mundo, exceto com você, é claro, que só ganha carinho e cheiros.
15 de dezembro de 2009
Três gritinhos marcaram as três furadinhas que você levou hoje.
Vó Graça e mamãe lhe levaram logo cedo ao Hospital Agamenon Magalhães (trabalho de vovó) para fazer o teste do pezinho e tomar as vacinas contra a hepatite e BCG.
Você, um menino forte, só reclamou rápido, mas nada de choro nem lamentação.
O problema foi o resto do dia: inteirinho de abuso! Muita agonia, inquietude e aperreio. E claro que o jeito foi se agarrar no peito para tranquilizar.
Hoje também tentaram lhe colocar pela primeira vez no carrinho, presente de vovó João. Você ficou lá dentro, todo miúdo, mas não aguentou muito tempo.
Quem sabe sem os incômodos de uma vacina você aprende a curtir esse novo ângulo da vida?
14 de dezembro de 2009
11 de dezembro de 2009
Marcelle encantada, você ninado
Hoje fui lhe visitar e encontrei sua mãe aos prantos de tanta dor nos seios.
Motivo: você, gulosíssimo, não conseguiu abocanhar direito seu alimento e acabou ferindo feito o peito de Marcelle. Com dores, ela deixou de amamentar.
Resultado: leite pedrado e muito sofrimento.
Corremos os três para o Imip na esperança de despedrar sua comida e te ensinar a se alimentar, mas já havia passado da hora e, o máximo que conseguimos foram algumas orientações, ouvidas sob os gritos de um Bento esfomeado.
Depois da "aula", o jeito de te colocar no peito até melhorou, mas o leite ficou lá, durão... Então a solução foi te entupir de Nan 1. Aí sim você dormiu tranquilo a tarde inteira.
Enquanto isso, tia Kika, expert no quesito aleitamento, apertou para lá e para cá o peito, e tudo melhorou.
No final do dia - quase uma saga - Marcelle entendeu que, com ou sem ferida, o leite precisa sair. O teste drive foi à noite, quando você fez o que mais gosta em seus quatro dias de vida, comeu até abusar e ficou de manha no colo da mãe até pegar no sono.
Eita, vida boa...
P.S.: só hoje fui duas vezes a sua casa. Sair de perto fica cada dia mais difícil!
17 dezembro, 2009
Recife, 9 de dezembro de 2009
Bento nasceu na maternidade Santa Lúcia, no Prado, às 18h50 do dia 7 de dezembro de 2009. Veio ao mundo pelas mãos de tia Rebecca Spinelli, num parto cesárea. Chegou forte: 3.980 kg, 51 cm. Cabeludo, branquinho - como sua tia Mack - mas a cara da mãe quando era bebê.
Os primeiros a o verem no berçário foram sua avó Graça, sua bisa Carmelita, tia Mack e tio Riva. Depois chegaram tia Karynna, tia Andréa e tio Silvio. Vovô João e tia Sonaly também estiveram na maternidade. Todos babando com sua beleza.
Vó Graça e tia Mack fizeram companhia à mãe operada e falante (ai, os gases) durante os dois dias de internação.
Na manhã do dia 9 os dois já estavam em casa e Bento deitou pela primeira vez em seu bercinho. Começa aí uma nova fase na vida de uma família renascida e irradiando felicidade.
04 outubro, 2009
Chá de Fraldas!!!
Teu chá de fraldas foi num domingo no dia 27/09/2009, no Teatro do Mamulengo, na praça do Arsenal, no Recife Antigo!Teve que ser esse dia, porque tua dinda Mack, vai viajar no próximo sábado, temos que aproveitar ela aqui.
Não foi muita gente, mas o suficiaente para fazer uma festa!!! Foi lindo! Pintaram e bordaram comigo, adorei a presença de todos!
Algums amigos não foram, por que a Tia Karynna, tava fazendo um show no mesmo dia e no mesmo horário, daí a ausencia dela, de tio Mauh, tio Lucas, tio Daniel, tio Amendo, tio Juquinha, e todos os outros que sempre estão junto com o samba, feito a mamãe aqui...não tinha mais como trocar a data, nem a minha, nem a dela, ai ficou assim, sem a presença deles, mas o Tio Mauh, tá preparando outro chá, pra esse povo que não pode ir, ainda não sei a data, mais com certeza será tão bom quanto o primeiro.
Obrigada aos amigos que compareceram.
Adorei as fraldas e os presentes!!!
Xêros em todos!
Vovó e as amigas (Edileuza, Nilda e Nize) com o coleguinha João
João e Beca (uma das médicas da mamãe)
07 setembro, 2009
6º mês!!!
Bento, o mexedor!!!
Depois, percebi que eram os primeiros chutes, pelo menos os primeiros que sentia. É uma sensação esquisita e ao mesmo tempo maravilhosa!
E, os movimentos estão cada vez mais frequentes, está mexendo muito! O tempo todo! O dia inteiro!
Tem horas que fico um bom tempo alisando minha barriga. E dá para perceber a movimentação. Como se tivesse mudando de posição. E você fica querendo que todo mundo sinta o mesmo que você ta sentindo e pede pra as pessoas colar a mão, as vezes ele responde outras vezes não... é muito massa, quando a tia, avó, a bisa também consegui sentir, é como se ele tivesse conversando com as pessoas! É uma sensação única!
Agora, eu vivo com as mãos na barriga, esperando pelo próximo chute, a próxima mexida. Ultimamente, nem preciso colocar mais as mãos na barriga pra sentir, porque ele mexe o dia inteiro, o tempo todo, é o maior mexedor!
14 agosto, 2009
Momento memória musical
Michael Jackson, conhecido no mundo inteiro como o rei do pop, morreu em junho. Foi tudo muito rápido. Ele tava em casa, o coração fraquejou, depois parou e pronto. Morreu. Tão rápido, que gerou uma verdadeira comoção mundial pela partida precoce, aos 50 anos.
Enfim, o cara andava até sumido na mídia - embora muitos ingressos da turnê que ele faria agora em agosto já estivessem esgotados. Mas com a morte mais do que repentina, o mundo inteiro resolveu reviver os sucessos dele. Então, em cada esquina se ouve Michael Jackson, os jornais passaram dias comentando a causa da morte, os cantores regravam o cara, os jogadores de futebol imitam a dancinha depois do gol.
Marcelle ganhou um DVD de painho e até aqui em casa as músicas são um sucesso. Júlia e Victor ouviram e cantaram muito, e claro que todos tentamos fazer a coreografia de Thriller (sem sucesso).
Ontem, parte dos gritinhos da escola ao lado de casa eram na hora da música de Michael. Um alvoroço. Um vício. Uma mania. Só comparada à moda indiana que invadiu o Brasil com a novela das oito Caminho das Índias.
As musiquinhas são ótimas, animadíssimas. E mesmo sem entender nada, todo mundo canta. A da abertura mesmo é um sucesso. Cada um tem a própria versão. O Casseta e Planeta mesmo, toda semana, inventa uma nova tradução, sempre precedida de “Que é que esse hinu tá cantando aí? Sei lá eu também não entendi”. E só para registrar, a daqui de casa é “Te dou minha perica de ré”.
Fora a música, os termos indianos tomaram conta das ruas, invadiram o vocabulário brasileiro. Coisas estranhas do tipo: tike (tá certo), nahin (não), Are Baguandi (ora, merda, menino), Baguãquiliê (esse não dá para traduzir), por Lord Ganesha (pelo amor de Deus). São ouvidas a todo momento, em várias situações.
Mas o Are Baba é campeão. Se tem alguém aperriado: Are baba! Se tomou um susto: Are baba! Se alguém bonito passa: A-re ba-ba... Se tá calor: Are Baba. As traduções nem importam mais, o bom mesmo é falar, entrar na moda e se divertir.
E você, meu querido príncipe, luz da minha casa, meu pequeno Krishna, acenda as lamparinas do seu juízo e honre a sua casta, porque a gente já te ama demais!
10 agosto, 2009
26 julho, 2009
4º mês!!!
21 julho, 2009
14 julho, 2009
Tia sem comércio
11 junho, 2009
Sobre os enjoos de uma mãe abusada.
Dizem por aí que desejo de grávida é balela, pura lenda, desculpa arranjada pela mulher para conseguir todos os mimos aos quais acredita ter direito enquanto guarda um bebê na barriga.Das outras mães, não posso falar. Mas de Marcelle falo com propriedade. Ela tem desejos e eles são bem reais.
O primeiro foi uma surpresa. Milk shake com batata frita. Nosso lanchinho preferido, foi parar no banheiro do Shopping Tacaruna.
Logo que anunciou a gravidez, depois da Semana Santa, veio outro, foi a vez de picanha.
Sensível ao pedido, voinha deu a solução. “Tem uma carninha aí para fazer um guisado”.
Não. Guisado não dava. Tinha que ser picanha. Então, lá se foi sua mãe e tia Taci ao Vila do Mar com tia Taci (que sequer gosta de carne vermelha), se empanturrar de picanha.
Chegando em casa: tudo para fora.
Outro dia foram as coxinhas. Chuva que Deus dava e ela fala:
- Taci, tás sentindo cheiro de coxinha?
- Não, Marcelle. Não tem cheiro nenhum de coxinha.- Tem sim, sente. Coxinha. Aquela da Pão Doce Pão.
Em resumo, esse papo só acabou horas depois, quando sua mãe convenceu Taci e Andreza a irem com ela até a padaria, a um quilômetro de casa, comer as benditas coxinhas.
Minutos depois, todas estavam descendo descarga a baixo.
Seu tio Tácito também já foi uma das vítimas. Rodou quase dez bairros com Marcelle do lado e um potinho na mão, debaixo do maior toró, em busca de uma dobradinha. Horas depois, já no final da tarde, encontraram.
Ela comeu tudo verozmente, depois vomitou.
Estava registrado mais um desejo.
Ontem foi minha vez de ser vítima dos seus caprichos. Sim, porque eles são seus, não de sua mãe.
Às seis da manhã ela acorda e diz à tia Taci.
- Eu quero comer coração.
- É o quê, menina?- Coração. Quero comer coração.
Taci virou e voltou a dormir. Mas o coração não saiu da cabeça. Então combinamos que iríamos encontrar um lugar que vendesse coração para a gente almoçar.
Mais tarde, na cidade, encontramos com sua avó e começamos as buscas. Entramos e saímos de restaurantes com cardápios fantásticos, mas nenhum coração. Já estava morrendo de fome, precisava ir ao trabalho, a hora passando, e Marcelle com aquele olhar de cachorro morto a cada vez que não tinha o pedido.
Então, a convenci a comer no Sertanense, onde a mesa estava linda. Ela fez bico, mas topou. Comeu abusada o camarão empanado, a fatia de peru, a torta de bacalhau. Nenhuma delícia substituía o coração...
Até que ela teve um outro desejo.
- Quero pudim.
- Mas pudim? - perguntou mainha. - Você não gosta de pudim.
- Eu quero pudim hoje. Olhei para ele desde que cheguei aqui. - garantiu.
Então lá foi ela comer uma fatia inteira de pudim.
- Comida estranha, sem gosto. Vixe. ( e comendo... )
- Eita, Bento gosta de pudim! - comemorou mainha. - Vou fazer bem muito para ele quando nascer.Ainda não havíamos sequer pago a conta quando você anunciou que precisava ir ao banheiro.
E lá se foi o pudim e todo o almoço...
P.S.: Hoje ela devorou um quilo de coração. E, dessa vez, não botou nadinha para fora!
08 de junho de 2009.
Você tem pitoca.
Hoje acordei cedo novamente. Foi o dia da sua ultrassonografia encefálica.Precisávamos saber se você estava com saúde. E lá fomos nós, claro que de táxi, porque sua abusadíssima mãe enjoa quando anda de ônibus.
Dessa vez, a desaparecida tia Taci foi junto. Chegamos tarde, esperamos muito, mas valeu à pena.
Quando olhamos na TV, lá estava você. Enorme. Duas vezes maior que da primeira vez. Oito centímetros. Feliz. O coração pulsando a 155 por minuto. Dorminhoco. A mão atrás da cabeça, em pose de cochilo, mas Dr. Carlos de catucou e você mexeu, mudou de lugar e vimos sua coluna toda bonitinha.
- É um menino. - ele disse.Marcelle não acreditou.
- Menina?
- Não. Menino. Tem uma pitoca aqui.Pronto. Começou o chororô de sua mãe, que desde sempre teve certeza de que você era o Bento por quem ela esperava há anos.
Eu teria uma menina e ela, um menino. Agora confirmado no exame.
Saímos da sala e fizemos o comunicado ao seu pai, sua avó e à tia Andreza. Todos recebidos com gritos do outro lado da linha.
...
E por falar nela, no fim de semana tia Andreza lhe tirou do sério. Passou uma noite inteira cantando o pavoroso hino do Sport no seu ouvido despreparado para tamanha barabaridade.
Resultado: você mostrou a todos sua personalidade tricolor se mudando rapidinho para o outro lado da barriga!
Muito bem, meu amor.
Para orgulho do seu pai, de tia Mack e tio Riva, você mostrou que o gosto pelo time de futebol está no sangue. E sua mãe já concordou em não interferir (embora eu ache que ela pode até virar a casaca).
Agora é só esperar você crescer para a gente te levar ao Arruda. Até lá, quem sabe, seu time voltou para a primeira divisão, né?
19 de maio de 2009.
A primeira ultra.
Tudo foi muito corrido. Quem mandou decidir fazer a viagem à terra na barriga de uma mãe tão demente quanto Marcelle?
Dias e dias se passando e ela nem pensou em fazer exames para saber se você estava bem.
Ela nunca ligou para essa história de saúde. Por isso, o plano só foi feito no exato mês em que você foi gerado. E adianto que isto está dando a maior confusão!
Primeiro, porque nenhum exame tem carência para ser feito, e depois, porque nem o parto será coberto. Logo, você deve nascer na Maternidade da Encruzilhada, aqui, bem perto de casa, pelas mãos de Rebecca que, além de minha amiga calhou de ser obstetra.
Enfim, foi por insistência de Rebecca que Marcelle resolveu começar o pré-natal. E também foi ela quem conseguiu de “cortesia” sua primeira ultrassonografia.
Então fomos lá na Biofeto encontrar com Dr. Carlos Reinaldo. De tão ansiosas, chegamos duas horas antes da consulta.
Até que te vimos. Tão pequeno: 3,9 cm, mas com o coração batendo forte - 172 por minuto. Coluna bem formada. Pernas longas. Uma mãozinha levada a boca como quem boceja.
Você é lindo, meu amor. Lindo.
Mal vemos a hora de te conhecer...
14 de abril de 2009.
A descoberta.
Um susto. Um sustão. Foi isso que você nos deu quando anunciou que estava chegando.
Por algum motivo mágico, sua mãe soube que você viria no exato dia em que você foi concebido. Essa história, talvez, ela mesma explique melhor. Eu, cética que sou, nunca ouvi falar dessas coisas com mais ninguém além da Virgem Maria.
A menstruação de Marcelle não veio e, solidária, a minha também não. E depois de quatro dias de atraso, ela resolveu fazer o beta.
No fim da tarde, lá foi sua mãe, com sua tia Andreza do lado, buscar o exame.
O choro do outro lado da linha não me deixou dúvidas de que o resultado era positivo. Você estava lá. A fim de vir ao mundo.
Eu e sua vó soubemos da notícia na mesma hora. E o pânico foi quase tão grande quanto o da sua estérica mãe do outro lado da linha.
O que fazer?
O que fazer com uma criança que chegaria sem um pai oficial, gerada de uma união nada estável ou convencional, numa família só de mulheres, numa casa apertada, sem espaço para mais ninguém?
Onde colocar? Como sustentar?
A verdade é que você chegava na mesma situação em que eu cheguei, há 30 anos. Tudo tão igual, que me apavorou pensar que você teria as mesmas carências que eu, as mesmas sequelas sociais pela falta de um pai presente.
Perceber isto não me deixou responder positivamente a nenhuma pergunta. Nos primeiros instantes eu era feita de medo.
Medo daquela criatura que ainda estava na barriga passar pelas mesmas provações que eu.
Medo também de Marcelle sofrer mais do que já havia sofrido por toda a vida.
Mas aí os minutos passaram, a ficha caiu e os pensamentos começaram a se organizar.
Pensei que poderia trabalhar um pouco mais para ajudar a lhe sustentar, e que faltava pouco para mainha (sua avó) se aposentar, aí ela também poderia ajudar a cuidar de você quando Marcelle fosse trabalhar.
Pronto. O plano já estava definido.
Você poderia vir sem medo, que a gente estava preparada para te receber.
....
Ah! E tem mais, sua avó – que jura ter nascido bruxa – anunciou de cara. “Quem tá na barriga não é Bento, não, viu? Tratem de pensar num nome para uma menina”.
Liguei correndo para sua mãe para dar minha sugestão. “Luna, que é lua em espanhol”. “Adorei. Luna. Vai ser Luna”.
Assunto encerrado.