26 agosto, 2010

Domingo, 23 de maio de 2010.

O batismo

O primeiro sacramento do bebê aconteceu num acinzentado domingo do Recife. Apesar da cor no céu, a chuva ensaiou, mas não caiu e o calor não deu trégua. E foi sob forte mormaço que, às nove da manhã, estávamos todos na Igreja Nossa Senhora de Belém, na Encruzilhada.

O menino com a roupa branca especial para a cerimônia. A igreja lotada não o assustou. Assistiu grande parte da missa e, na maior tranquilidade, ao som da cantoria, adormeceu nos meus braços (9,4kg! Ai, ai...). No meu ombro, a baba escorria. Nas costas, o suor. Repetiria cada segundo.

O quórum da missa foi altamente qualificado. Bisa Carmelita, tia Clóris, vovô João, vó Graça, mamãe e papai, dindos Mack e Riva, dinda Kaká e Klara Lua, Luanna, Gustavo, Guilherme, Marquinho, Mabete, os tios Tai, Marcela, Andréia, Taci, Adri, Thiago e os pequenos Felipe e Clara que, aos três meses, assim como o bebê, também não entendiam nada do que acontecia ali.

Depois da missa oficial, fomos todos lá para a frente. Ficamos na primeira fila, bem pertinho do altar. Meu papel era segurar o bebê. As fotos ficaram por conta de vó Graça, Taci e Adriana, com a câmera profissional. Muitos clicks.

Em paz com as orações, Bento só despertou quando o padre fez o primeiro sinal da cruz em sua testa. Aí todos ficaram encantados, porque ele começou a pular feliz enquanto o padre falava, conversou muito e nem chorou quando recebeu a água benta na cabeça. Um príncipe!

O nome também foi muito elogiado. “Deus te abençôe, Bento. És Benedictus, em latim. Um lindo nome”, disse o padre na hora do batismo.

Todos orgulhosos (e famintos), fomos para casa. A feijoada esperava pelos convidados no salão de festas lá do prédio, na rua em frente à igreja. Toda a serenidade do batismo acabou na hora que atravessamos o portão. Dindos Riva e Karynna Spinelli, David e Tai detonaram no show. MPB, forró e samba até umas horas. O grande astro da festa curtiu muito cada momento. Bento dançou, brincou, sorriu, comeu, dormiu. Klara também foi um show à parte, cheia de brilho no rosto, aproveitou tudo da festa e fez até dancinha à Bioncé. Mais tarde, Michele e Douglas, Becca, Cocão e João se juntaram à comemoração, que seguiu até umas sete da noite.

No final, tia Kaká foi pro forró, tio Riva apagou quase de cara com a papinha de Bento, a gaveta do freezer quebrou, metade da galera esticou a festa num bar e tia Mack terminou de arrumar a bagunça para cair de sono às nove da noite.

Nota do autor:
Seu batizado foi um dia lindo. E agora que a festa profana acabou, ficam as bênçãos e o compromisso de todos em fazer de Bento um homem de fé, honesto e leal.

O batizado do bebê

O batizado foi num lindo domingo de maio. O calor e o mormaço estavam de rachar e Bento estava um gatinho, vestindo a roupa tradicional do batizado, presente da Dinda Kaká.


Todo mundo suando, fugindo para perto da porta da igreja em busca de um ventinho. Mas o calor não incomodou o bebê, que passou a maior parte da missa dormindo no colo de tia Mack.

Tia Adri, tio Thiago e o primo Felipe também participaram da cerimônia.

Recém acordado ao lado dos padrinhos Mack, Riva e Kaká.

O sorriso da mãe não tinha mais tamanho. E o pai comprou até camisa nova para o grande evento. Bento, claro, não entendia nada. Só olhava curioso toda a movimentação da igreja.

A cara de orgulhosos dos pais e padrinhos na hora do batismo. O padre também ficou encantado com o bebê e ainda elogiou o nome. "Bento significa Benedictus. Bendito és tu". Bento adorou a água e nem chorou.

Todo mundo posando para a foto e Bento tirando onda com a roupa do padre.
Quem pode com esta criança?

Curando as feridas

Pediatra, clínicos, vários dermatologistas, mudança de hábitos. Na época em que os primeiros dentes de Bento deram o ar da graça, passamos por uma saga para resolver um problema que invadiu seu rosto junto com a dentição: estranhas manchas na pele.
Começaram tímidas, por volta dos quatro meses. De repente, lá pelo final de junho, tomaram corpo, se espalharam pelas bochechas gordinhas, inflamaram, coçaram e trouxeram muito incômodo ao bebê. Uma fase que acabou lhe rendendo – e, por consequência, à Marcelle – muitas noites em claro, hábito que permanece até hoje e sabe-se lá quanto tempo irá durar.
A nós restou cuidar e medicar. As tentativas foram incontáveis. Muitos remédios, tomados sempre com total boa vontade da parte do paciente (com exceção do sorine, porque ninguém merece um negócio entrando pelo nariz e tomando seu rosto inteiro). Além de incontáveis tipos de sabonetes e pomadas de todos os preços. Cada especialista indicava um diagnóstico e um tratamento. O resultado nunca chegou. Ele piorava. Nós insistíamos.
Mesmo com a irritação, o alto astral nunca lhe abandonou. A gente o olhava cheia de dó e desespero por não poder resolver o problema dele, e ele nos devolvia o olhar mais feliz do mundo, com seus dois dentes enxeridos se mostrando como se nada fosse capaz de tirar seu bom humor. A verdade é que nada tira mesmo seu bom humor.
Como toda criança, Bento tem gripe, alergias esporádicas sem razão aparente, problemas devido à mudança de temperatura e à umidade. Tudo isso num corpo tão frágil é logo demonstrado com coriza, tosse, catarrinho preso, pouca fome e sono, que sempre vem acompanhado de um ronco chato, que o faz acordar assustado a cada cinco minutos. E se isso é capaz de tirar a paciência de qualquer cristão. Para ele é mais uma parte de seu dia.
Depois de uma tosse, um sorriso. De um espirro, outro sorriso. Uma tosse seguida de um pum, rende uma baita gargalhada. O remédio doce é mais um brinquedo. O sorine é arrancado do nariz direto para a boca, para servir como coçador de gengiva. E assim ele segue, brincando enquanto enfrenta suas dificuldades.
Um dia desses, há pouco mais de um mês, mainha estava contando pela milésima vez a história da alergia do bebê a mais um farmacêutico e ele lhe indicou uma pomada do Lafepe, Dexametasona. Um real, a bendita. Não custava nada tentar.
No dia seguinte, a inflamação diminuiu. No outro, as partes vermelhas ganharam um tom rosado. E não demorou para muitas delas sumirem de vez. Com tantos especialistas no assunto, foi a solução popular que deioxou o rosto de Bento ainda mais lindo do que já era.