Hoje, na saída do parque 13 de Maio, depois de procurar a iguana, alimentar patos e tartarugas e brincar no balanço, Bento me faz a pergunta como se fosse a coisa mais natural do mundo, como se me perguntasse o sabor de um picolé.
- Mãe, tu já comprou meu transformador?
- Transformador, filho? Mas para quê tu quer um transformador?
- Oxi. Pra transformar teu galo num porquinho.
* Quem pode com esse menino?
30 janeiro, 2013
27 janeiro, 2013
Uma festa e muito medo
Hoje foi a festa de 9 anos de Júlia aqui em casa.
Logo cedo fomos buscar Bento para almoçar com a gente e esperar a hora de os convidados chegarem.
Enquanto o dia passava, tudo certo.
Bento brincou, sorriu, correu.
Até que a noite chegou, e junto com ela um medo que ainda não se foi, o de o galo cantar.
Não sei se já falei sobre isso, mas Bento tem verdadeiro pavor do galo que dorme abaixo da nossa janela e canta a qualquer hora. Um dia, quando ele dormiu aqui em casa, o bendito galo cantou às 3h30 da manhã. Ele acordou assustado, chorou muito, e isso já faz mais de um ano. Nunca mais esqueceu. Toda vez que vem me visitar, o medo volta. Medo de ouvir o cacarejo quando menos espera. Por isso, vive pedindo para passar o dia aqui brincando, mas nunca mais aceitou ficar para dormir.
Hoje não foi diferente. O dia seguiu ótimo. Mas quando a noite chegou e fomos cantar parabéns veio a primeira crise. Assim que apagamos as luzes Bento gritou. Desesperado. Carreguei ele no colo para longe da mesa onde todo mundo seguia com o "nessa data querida..." e perguntei o que tinha acontecido. A resposta veio ainda entre soluços.
- É que quando a luz apaga, o galo canta.
Meu coração ficou tão, mas tão apertado.
Queria arrancar esse medo dele. Fazer ele entender - além das mais de mil tentativas de explicar que eu já havia feito - que um galo jamais o faria mal. Mas eu não consigo.
Então, mais uma vez, precisamos sair de casa no meio da noite, em pleno dia das Virgens de Olinda, para levar Bento à casa dele, onde dormiria tranquilo, sem receio de ser despertado em plena madrugada por um monstro terrível, de nome Galo.
Mais tarde mainha ligou, morrendo de rir, para contar o fim da história. Quando ela reclamou por você não ter dormido aqui em casa e ter saída no meio da noite, você respondeu.
- Quem mandou ela ter um galo? Se ela criasse um porquinho, um bezerrinho, um passarinho... eu dormia lá.
Logo cedo fomos buscar Bento para almoçar com a gente e esperar a hora de os convidados chegarem.
Enquanto o dia passava, tudo certo.
Bento brincou, sorriu, correu.
Até que a noite chegou, e junto com ela um medo que ainda não se foi, o de o galo cantar.
Não sei se já falei sobre isso, mas Bento tem verdadeiro pavor do galo que dorme abaixo da nossa janela e canta a qualquer hora. Um dia, quando ele dormiu aqui em casa, o bendito galo cantou às 3h30 da manhã. Ele acordou assustado, chorou muito, e isso já faz mais de um ano. Nunca mais esqueceu. Toda vez que vem me visitar, o medo volta. Medo de ouvir o cacarejo quando menos espera. Por isso, vive pedindo para passar o dia aqui brincando, mas nunca mais aceitou ficar para dormir.
Hoje não foi diferente. O dia seguiu ótimo. Mas quando a noite chegou e fomos cantar parabéns veio a primeira crise. Assim que apagamos as luzes Bento gritou. Desesperado. Carreguei ele no colo para longe da mesa onde todo mundo seguia com o "nessa data querida..." e perguntei o que tinha acontecido. A resposta veio ainda entre soluços.
- É que quando a luz apaga, o galo canta.
Meu coração ficou tão, mas tão apertado.
Queria arrancar esse medo dele. Fazer ele entender - além das mais de mil tentativas de explicar que eu já havia feito - que um galo jamais o faria mal. Mas eu não consigo.
Então, mais uma vez, precisamos sair de casa no meio da noite, em pleno dia das Virgens de Olinda, para levar Bento à casa dele, onde dormiria tranquilo, sem receio de ser despertado em plena madrugada por um monstro terrível, de nome Galo.
Mais tarde mainha ligou, morrendo de rir, para contar o fim da história. Quando ela reclamou por você não ter dormido aqui em casa e ter saída no meio da noite, você respondeu.
- Quem mandou ela ter um galo? Se ela criasse um porquinho, um bezerrinho, um passarinho... eu dormia lá.
26 janeiro, 2013
Folião nota 10
Mais uma vez você marcou presença na prévia dos Amantes de Glória.
Dessa vez foi por pouco. Há dois dias vem tendo febre e hoje mesmo acordou com 38 graus. Quando lhe disseram que não seria bom você ir, na mesma hora você disse, "mas hoje é Amantes de Glória, eu vou!".
E foi. E divertiu-se como poucos, apesar de a febre ter ensaiado aparecer. Fez cara feia, mas tomou o remédio e voltou ao posto de mini-folião mais animado.
Na hora que o bloco saiu, eu até tentei evitar.
- Filho, o bloco foi embora. Espera aí que eu vou buscar ele para você.
- Não, mamãe, eu vou com você buscar.
E foi. Seguiu as três horas de percurso quase todas no chão. Quando as coisas apertavam, pegava uma carona em nossos ombros. Mas logo voltava ao chão, para o lado da orquestra, onde podia acompanhar de perto a origem de toda aquele alegria.
Ao final do desfile, voltamos para junto de vovó e da bisa. Foi quando eu perguntei.
- Do que tu mais gostou, filho?
- Da banda.
Aqui, mais registros lindos de seu dia de folia no bairro da Boa Vista.
Você, meu amor, amante da vida, amante da glória da vida.
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