O batismo
O primeiro sacramento do bebê aconteceu num acinzentado domingo do Recife. Apesar da cor no céu, a chuva ensaiou, mas não caiu e o calor não deu trégua. E foi sob forte mormaço que, às nove da manhã, estávamos todos na Igreja Nossa Senhora de Belém, na Encruzilhada.
O menino com a roupa branca especial para a cerimônia. A igreja lotada não o assustou. Assistiu grande parte da missa e, na maior tranquilidade, ao som da cantoria, adormeceu nos meus braços (9,4kg! Ai, ai...). No meu ombro, a baba escorria. Nas costas, o suor. Repetiria cada segundo.
O quórum da missa foi altamente qualificado. Bisa Carmelita, tia Clóris, vovô João, vó Graça, mamãe e papai, dindos Mack e Riva, dinda Kaká e Klara Lua, Luanna, Gustavo, Guilherme, Marquinho, Mabete, os tios Tai, Marcela, Andréia, Taci, Adri, Thiago e os pequenos Felipe e Clara que, aos três meses, assim como o bebê, também não entendiam nada do que acontecia ali.
Depois da missa oficial, fomos todos lá para a frente. Ficamos na primeira fila, bem pertinho do altar. Meu papel era segurar o bebê. As fotos ficaram por conta de vó Graça, Taci e Adriana, com a câmera profissional. Muitos clicks.
Em paz com as orações, Bento só despertou quando o padre fez o primeiro sinal da cruz em sua testa. Aí todos ficaram encantados, porque ele começou a pular feliz enquanto o padre falava, conversou muito e nem chorou quando recebeu a água benta na cabeça. Um príncipe!
O nome também foi muito elogiado. “Deus te abençôe, Bento. És Benedictus, em latim. Um lindo nome”, disse o padre na hora do batismo.
Todos orgulhosos (e famintos), fomos para casa. A feijoada esperava pelos convidados no salão de festas lá do prédio, na rua em frente à igreja. Toda a serenidade do batismo acabou na hora que atravessamos o portão. Dindos Riva e Karynna Spinelli, David e Tai detonaram no show. MPB, forró e samba até umas horas. O grande astro da festa curtiu muito cada momento. Bento dançou, brincou, sorriu, comeu, dormiu. Klara também foi um show à parte, cheia de brilho no rosto, aproveitou tudo da festa e fez até dancinha à Bioncé. Mais tarde, Michele e Douglas, Becca, Cocão e João se juntaram à comemoração, que seguiu até umas sete da noite.
No final, tia Kaká foi pro forró, tio Riva apagou quase de cara com a papinha de Bento, a gaveta do freezer quebrou, metade da galera esticou a festa num bar e tia Mack terminou de arrumar a bagunça para cair de sono às nove da noite.
Nota do autor:
Seu batizado foi um dia lindo. E agora que a festa profana acabou, ficam as bênçãos e o compromisso de todos em fazer de Bento um homem de fé, honesto e leal.
26 agosto, 2010
O batizado do bebê
O batizado foi num lindo domingo de maio. O calor e o mormaço estavam de rachar e Bento estava um gatinho, vestindo a roupa tradicional do batizado, presente da Dinda Kaká.
Recém acordado ao lado dos padrinhos Mack, Riva e Kaká.
O sorriso da mãe não tinha mais tamanho. E o pai comprou até camisa nova para o grande evento. Bento, claro, não entendia nada. Só olhava curioso toda a movimentação da igreja.
A cara de orgulhosos dos pais e padrinhos na hora do batismo. O padre também ficou encantado com o bebê e ainda elogiou o nome. "Bento significa Benedictus. Bendito és tu". Bento adorou a água e nem chorou.
Todo mundo posando para a foto e Bento tirando onda com a roupa do padre.
Quem pode com esta criança?
Quem pode com esta criança?
Curando as feridas
Pediatra, clínicos, vários dermatologistas, mudança de hábitos. Na época em que os primeiros dentes de Bento deram o ar da graça, passamos por uma saga para resolver um problema que invadiu seu rosto junto com a dentição: estranhas manchas na pele.
Começaram tímidas, por volta dos quatro meses. De repente, lá pelo final de junho, tomaram corpo, se espalharam pelas bochechas gordinhas, inflamaram, coçaram e trouxeram muito incômodo ao bebê. Uma fase que acabou lhe rendendo – e, por consequência, à Marcelle – muitas noites em claro, hábito que permanece até hoje e sabe-se lá quanto tempo irá durar.
A nós restou cuidar e medicar. As tentativas foram incontáveis. Muitos remédios, tomados sempre com total boa vontade da parte do paciente (com exceção do sorine, porque ninguém merece um negócio entrando pelo nariz e tomando seu rosto inteiro). Além de incontáveis tipos de sabonetes e pomadas de todos os preços. Cada especialista indicava um diagnóstico e um tratamento. O resultado nunca chegou. Ele piorava. Nós insistíamos.
Mesmo com a irritação, o alto astral nunca lhe abandonou. A gente o olhava cheia de dó e desespero por não poder resolver o problema dele, e ele nos devolvia o olhar mais feliz do mundo, com seus dois dentes enxeridos se mostrando como se nada fosse capaz de tirar seu bom humor. A verdade é que nada tira mesmo seu bom humor.
Como toda criança, Bento tem gripe, alergias esporádicas sem razão aparente, problemas devido à mudança de temperatura e à umidade. Tudo isso num corpo tão frágil é logo demonstrado com coriza, tosse, catarrinho preso, pouca fome e sono, que sempre vem acompanhado de um ronco chato, que o faz acordar assustado a cada cinco minutos. E se isso é capaz de tirar a paciência de qualquer cristão. Para ele é mais uma parte de seu dia.
Depois de uma tosse, um sorriso. De um espirro, outro sorriso. Uma tosse seguida de um pum, rende uma baita gargalhada. O remédio doce é mais um brinquedo. O sorine é arrancado do nariz direto para a boca, para servir como coçador de gengiva. E assim ele segue, brincando enquanto enfrenta suas dificuldades.
Um dia desses, há pouco mais de um mês, mainha estava contando pela milésima vez a história da alergia do bebê a mais um farmacêutico e ele lhe indicou uma pomada do Lafepe, Dexametasona. Um real, a bendita. Não custava nada tentar.
No dia seguinte, a inflamação diminuiu. No outro, as partes vermelhas ganharam um tom rosado. E não demorou para muitas delas sumirem de vez. Com tantos especialistas no assunto, foi a solução popular que deioxou o rosto de Bento ainda mais lindo do que já era.
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