É Carnaval!
Enquanto os personagens que invadem as ruas suam em bicas com o sol queimando a pele, numa casa calorenta no bairro de Campo Grande, uma mãe quase desconsolada, sente falta da folia.
Ela também quer suor, batuque, clarins.
Quer seguir orquestra.
Ser parte das cores que fazem a festa.
E um pequeno folião, sem nem entender, entra na dança pela primeira vez.
A fantasia de palhaço, comprada no pátio do Carmo, compôs o visual do bebê.
Sem agonias, diferente da maioria das crianças, o menino recebeu seu prêmio de carnaval.
E gostou!
Sorriu sincero, como quem encontrou na alma a alegria habitual de todo recifense quando chega fevereiro.
Mas de tão pequeno, o palhaço feliz não pôde cair no passo. As ruas ferventes ainda não são seu lugar.
Então lá se foi a família de palhaços fazer companhia a um outro folião desconsolado.
E mesmo na tranquilidade de uma tarde de domingo,
Juntinhos assim, com o coração frevando de amor, o carnaval fica mais gostoso.
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