Assim que você chegou, correu para um balanço, depois para outro, e ficou lá um tempão.
E ainda se arriscou numa subida perigosíssima.
Mas depois de balançar muito na ponte e não sair do lugar, pediu para descer.
Na hora de ir embora, uma chegadinha perto da árvore para dar um abraço nela.
Depois, uma brincadeira para mostrar a Victor o que sabe fazer com as folhas.
Tenho que confessar. Não consigo tirar o sorriso do rosto por um segundo quando estou do seu lado. Não páro de admirar com alegria cada movimento, cada conquista e percepção, cada ação de menino esperto, ligado em tudo. Achei que demoraria mais, mas meu bebê já quase não se encaixa no peito quando quer fazer manha. Acreditei mesmo que o bebê ficaria mais tempo com a gente. Mas não. Ele está se despedindo a cada anoitecer e dando espaço para um menino bom - às vezes, mal'ouvido, é verdade - mas quase sempre obediente.
Carinhoso, falante, beijoqueiro, apaixonado por música, um sambista nato, que não pode ver um violão sem chegar mais perto. Um menino que ama os carros e a natureza, respeita os animais e admira as pessoas, especialmente as que trabalham. Organizado, adora guardar tudo nas caixas e fica incomodado sempre que vê sujeira por perto - mão suja, então, nem pensar! Cheio de energia, adora passear a pé ou de carro, brincar, mexer, descobrir, mas quase não dá trabalho enquanto desbrava o mundo. Quer fazer isso sem agonia, com muita atenção e sem invadir o espaço dos outros. Não é o tipo de criança que arranca a outra do brinquedo para usar, mas que olha e espera paciente até ela sair. Só então, pede para brincar.